Texto base: Lucas 5.12-16
INTRODUÇÃO
O tema desta semana está entre os mais debatidos no cristianismo. A questão da cura costuma provocar mal entendidos e até confusão. Será que Deus cura mesmo as enfermidades hoje em dia? Existem os sensacionalistas, que às vezes abusam da fé das pessoas, iludem e magoam muita gente. Existem os que acreditam e até ensinam que basta confessar várias vezes a cura para recebê-la, pois tudo depende da fé do enfermo. Existem os que acreditam que Jesus curou enquanto esteve na terra, mas que creem e defendem que o tempo dos milagres já passou, e que hoje em dia não existem mais curas sobrenaturais.
Pergunta: E você, em que você acredita? Você sabe o que a Bíblia afirma sobre esse tema?
DESENVOLVIMENTO
Se pretendermos encontrar uma perspectiva bíblica para a cura, precisamos observar Jesus, o médico dos médicos. Curou enfermos e exerceu um intenso e poderoso ministério de libertação. Como o pecado do qual ele veio salvar-nos não só separou o homem de Deus, mas também separou o homem de si mesmo e afetou seu corpo, o homem tornou-se um ser em conflito, um ser doente, vivendo numa natureza que também está doente e gemendo. Por isso Jesus veio ao mundo para salvar, curar e restaurar. Ele preocupava-se com a situação dos enfermos, sempre usava de muita ternura e tratava pessoalmente com os necessitados. Jesus curava movido por compaixão e misericórdia.
No texto lido, apenas uma de muitas referências bíblicas sobre curas no ministério de Jesus, vemos um homem sofrendo uma doença mortal, a lepra. No tempo de Jesus era uma enfermidade que causava pavor e era carregada de imenso estigma social. Por ser uma doença contagiosa, os enfermos eram marginalizados e obrigados a viver separados. Então imagine aquele homem correndo em direção a Jesus, prostrando-se e exclamando: “Senhor, não tenho a menor dúvida quanto ao seu poder. O Senhor é a minha única esperança. Se estiver disposto a isso, sei que pode me curar”. No mesmo instante, Jesus estendeu a mão para ele, escolheu tocar nele e o curou instantaneamente.
Essas eram algumas das marcas do ministério de curas de Jesus:
1. Parecia ter o mesmo valor de seu ministério de ensino. Ele ensinava, curava e libertava. Jesus dedicava um cuidado idêntico ao corpo e à alma.
2. Mais do que qualquer outro, o ministério de cura evidenciava a sua imensa compaixão.
3. Jesus curava pensando no aflito, e não para ser aplaudido pelos espectadores. Ele até pedia para que a cura fosse mantida em segredo.
4. Jesus sempre dava crédito aos céus. Ele costumava dizer: “Agora vá e glorifique a meu Pai, que está
nos céus. Conte às pessoas que Deus teve misericórdia de você”.
Ele não abusava do sensacionalismo, não expunha as pessoas, nem queria ganhar nada com isso. Suas curas revelavam propósitos bem claros, a saber:
1. Ele curava porque era movido por compaixão (Mt 14.14, Mc 1.41, Lc 7.13,14).
2. Ele curava para glorificar ao Pai e a si mesmo como Filho de Deus (Mt 15.31, Jo 11.4).
3. Ele curava em resposta à fé das pessoas (Mt 15.28, Mt 9.2).
4. Ele curava para levar pessoas à salvação (Mc 5.20, Jo 6.2, Jo 12.9-11).
5. Ele curava para manifestar o Reino de Deus. Em Mt 4.23,24 e 9.35 vemos que Jesus não se contentava em pregar sobre o Reino, mas fazia questão de demonstrá-lo por obras e poder.
Pergunta: Que Jesus curava, todos concordam. Mas e hoje, Ele ainda cura os enfermos? Alguém poderia compartilhar um testemunho de cura?
Quando alguém diz que Deus não está mais curando, ou que cura apenas muito raramente, devemos perguntar: “E para onde foi a compaixão de Jesus Cristo? O Senhor não nota mais a nossa dor? Não se importa mais com os que sofrem? Não deseja mais levar pessoas à salvação ou manifestar o seu Reino na terra”? A resposta é: Pelo contrário! Ele continua tão disposto hoje como no primeiro século a tocar nosso corpo e alma. Ele é e sempre será rico para com todos os que o invocam (Rm 10.12). Se alguma coisa mudou, foi a igreja, Deus não muda (Hb 13.8). Ele veio ao mundo demonstrando ser o grande Jeová-Rapha, o Deus que cura, e isso nunca mudará.
A verdade é que Deus cura hoje em dia. Ele cura naturalmente, porque criou os nossos corpos com a maravilhosa capacidade de resistir às doenças e de se recuperar depois de ferido. Assim, se recebermos a cura por meios naturais, devemos ser gratos a Deus pelo seu poder. Também devemos agradecer-lhe porque Ele também cura através da medicina e da habilidade dos médicos. Mas além dessa cura natural e pela medicina, Deus tem pleno poder de afastar qualquer enfermidade e produzir curas por meios milagrosos. O mundo está cheio de testemunhos de milagres em todo o tempo e em todo lugar. Somos curados somente por causa da bondade do Filho de Deus, expressa em seu sacrifício por nós na cruz. Segundo Mt 8.7, Jesus curou tantos enfermos para que se cumprisse o que fora dito em Is 53, que Ele levaria as nossas enfermidades em seu sacrifício na cruz. Sua disposição para uma bênção completa na vida do ser humano é revelada pelo fato de que a cura está incluída na mensagem do Evangelho que Jesus ordenou que fosse pregado em todo o mundo após a sua partida. Vejam as principais ordenanças deixadas aos seus discípulos:
Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades. Por onde forem, preguem esta mensagem: Mt 10.1,7,8 / Lc 10.1,9. Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Mt 28.18-20 / Tg 5.14-15.
CONCLUSÃO
Jesus Cristo veio ao mundo como homem, ensinou como um grande mestre e curou como o médico dos médicos. Ele revelou em suas curas toda a misericórdia, graça e amor de Deus pelos homens. Por isso João disse: “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade”. (Jo 1.14). Ele continua sempre cheio de misericórdia, graça e amor.
Ele pode curar por meios naturais, pela medicina e sobrenaturalmente através de seu poder e autoridade sobre todas as enfermidades. Devemos sempre orar e esperar a cura como sinal de sua misericórdia e testemunho de seu poder.
Ele pode também não curar e devemos ter em mente que Ele mesmo disse que “os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos” (Is 55.8). Ele é soberano, tem os seus propósitos e assim como confiamos no seu amor, poder e sabedoria para curar, devemos confiar plenamente quando não recebemos a sua cura.
Deus está nos chamando para um tempo maior de oração nas células. OREM PELO MENOS QUINZE MINUTOS DE JOELHOS, CLAMANDO PELOS ENFERMOS e também por um derramamento de seu Espírito Santo e de sua presença na célula.
Fonte: Igreja Batista Central / Belo Horizonte – MG
Adaptado por: Pr. Eduardo Garcia – MCEO / Baependi – MG – www.ministerioceo.com.br
Correção Gramatical: Samuel Lopes Maciel
Coordenação e Revisão Geral: Pr. Donizétti Maciel
Estudo de Célula de Agosto de 2018
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