Texto Base: I Co 13.1-10, 13
INTRODUÇÃO
Hoje estudaremos o elemento que pode mudar as famílias e, quiçá, o mundo. Trata-se da mais poderosa virtude que não tem começo ou fim, cuja origem e destino estão nos céus. Essa virtude tem sido mal interpretada, mal compreendida, e em razão disso, mal partilhada. Estamos falando de amor, dom ao qual Paulo atribuiu o caráter de infinitude: o amor jamais acaba (I Co.13.8 ARA). O amor não pode ser encarado como mais uma palavra desprovida de sentido, entretanto, para que algum significado lhe seja atribuído, é preciso alimentá-lo. E o que alimenta o amor? As atitudes!
PROPÓSITO
Refletir sobre amar o nosso cônjuge, filhos e parentes como Jesus amou, ou seja incondicionalmente (Mt 5.44).
DESENVOLVIMENTO
1) O AMOR E SUAS DEFINIÇÕES
Definir o amor não é algo simples, visto que possui vários significados. Nos dicionários encontramos: “grande afeição ou afinidade forte; ligação afetiva com outrem, incluindo ligação de cariz sexual”. Basicamente está relacionado a um tipo de sentimento presente nas emoções humanas. Porém amar excede nossa compreensão.
1.1) Uso do termo amor entre os gregos – o grego atribui vários sentidos à palavra amor. Agapao é amar sem receber algo em troca. Amor divino, sacrificial, o amor de Deus por nós (Jo 3.16; Ef 5.25). Fileo é o amor afetuoso ligado à amizade, este espera uma contrapartida. Storge é o amor em um ambiente familiar, entre pais e filhos, por exemplo. Eros é o amor físico ou sexual.
1.2) Definição prática para o termo amor – o amor é uma disposição do coração que leva a tratar o seu semelhante com consideração, honra, respeito, justiça e compaixão. Portanto, não se trata de um sentimento cego, platônico, inconsciente e incontrolável, mas de uma força transformadora capaz de mudar aquele que ama e aquele que é amado.
1.3) Razões que justificam a prática do amor – mais importante do que conceituar o amor é praticá-lo. Deus é amor: em Sua própria essência, o Eterno é definido como sendo amor. Ele não precisa obter ou tampouco manter tal virtude, pois ela O constitui integralmente. Amar não é uma escolha: o Senhor Jesus nos amou até o fim e nos deixou um mandamento (Jo 13.34 NVI).
Amor ágape é fruto do Espírito (Rm 5.5): se Ele mora em nós, a manifestação do dom maior é inevitável.
2) AS EXIGÊNCIAS DO AMOR
2.1) O amor exige renúncia (Lc 9.23): o homem é livre para seguir Jesus, porém, ao decidir-se por Ele, será inevitável renunciar ao “eu” e às suas vontades. A palavra renúncia revela o nível de comprometimento de uma pessoa com determinada causa. A grandeza de uma causa deve ser medida em função daquilo que o indivíduo abre mão para que ela (a causa) se concretize. Portanto, renúncia implica negar-se a si mesmo, abandonar toda e qualquer ação contrária à vontade de Cristo.
2.2) O amor exige perdão: um adágio popular diz que quem ama perdoa, e esta é uma verdade. Quem perdoa, libera o ofensor do agravo sofrido. Quando há perdão, tanto o ofensor quanto o ofendido tornam-se livres das amarras da ofensa. A possibilidade de atrito aumenta com a proximidade, por isso tantos problemas nas famílias, entretanto é necessário perdoar.
2.3) O amor exige unidade: observe as metáforas utilizadas pelo apóstolo (1 Co 12.12-26). É o espaço em que cada membro atua como um cooperador que objetiva o crescimento do todo (Ef 2.21-22). É composta de irmãos (I Ts 4.10; 5.25,26; 1Co 8.13), é necessário haver comunhão fraterna, propósito mútuo e companheirismo, pois esses são elementos indispensáveis à expansão do Reino. Apenas quando as ações de uma família estão integradas, seus membros se desenvolvem de forma satisfatória. Priorize a unidade, aja como membro de uma equipe que tem por objetivo principal fazer florescer a sua casa.
2.4) O amor exige cuidado: Deus é amor (I Jo 4.8) e Ele cuida dos Seus filhos (1 Pe 5.7).
3) AS RECOMPENSAS PARA OS QUE AMAM
3.1) Quem ama tem a bênção de Deus: João descreveu a pessoa que ama como alguém que está na luz e nele não há escândalo (1 Jo 2.10), é nascido de Deus e conhece-O (1 Jo 4.7), está em Deus e Deus nele (1 Jo 4.16), está livre do medo (1 Jo 4.18) e é capaz de vencer o mundo (1 Jo 5.4).
3.2) A prática do amor blinda-nos contra o pecado: duas forças geram o pecado: a dúvida (não acreditar totalmente no que Deus diz) e o egoísmo (soberba, exercício da própria vontade). Eva, ao pecar, duvidou da palavra de Deus e desejou ser semelhante a Ele (Gn 3.1-6). Muitos pensam que o antônimo de pecado é santidade, mas é o amor, pois quando pecamos queremos fazer nossas vontades egoístas, e quando amamos fazemos a vontade de Deus em benefício do outro (Mt 25.35-40).
Aplicação Prática: Como cristão que ama verdadeiramente a Deus, devemos praticar as exigências do amor.
CONCLUSÃO
O mais importante é amar as pessoas como Cristo nos ama, entender que dar é melhor do que receber. No grande dia, não seremos medidos por nossos poderosos feitos, mas pelo amor que manifestamos durante nossa jornada (1 Co 13.3).
Fonte: Rev. Família Cheia da Graça – Pr. Cláudio Duarte
Correção Gramatical: Samuel Maciel
Coordenação e Revisão Geral: Pr. Donizétti Maciel
Estudo de Célula de Maio de 2021
0 comentários