Texto Base: Gênesis 6.1-7
INTRODUÇÃO
Como a Igreja é exortada a aguardar vigilante a volta de Cristo, a sensação é de estarmos vivendo todos os dias como se fosse o último. Hoje, vemos uma forte perseguição ideológica aos valores cristãos, a ponto de sermos tachados como fundamentalistas, ultrapassados e intolerantes. A igreja de Cristo não pode se calar, é preciso marcar posição; é imperativo pregar a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2), pois a Igreja é a coluna e firmeza da verdade (I Tm 3.15).
PROPÓSITO
Conhecer o que é ideologia de gênero.
DESENVOLVIMENTO
1) A PÓS MODERNIDADE
1.1) Suas características:
Valorização da vontade individual – As pessoas não querem abrir mão dos projetos individuais em prol dos coletivos. Algo pode ser considerado valioso na medida em que satisfaz às necessidades do indivíduo. Caminhos sobre águas – Período de dissolução de conteúdos morais e éticos. A tradição não tem valor. Os valores éticos e morais são areias movediças nos quais não se podem pisar com firmeza, pois não há consistência. A brevidade das coisas – Tudo se torna descartável e efêmero. As relações sociais não são duradouras, nada é eterno. Multiculturalismo – A globalização aproximou culturas diferentes. Em nome dos princípios da democracia e dos direitos humanos, todos devem respeitar e aceitar as diferenças. Não há, no multiculturalismo, conceitos absolutos de certo ou errado.
1.2) Suas consequências: Na pós-modernidade, em decorrência de sua volatilidade, não existem padrões comportamentais ou referências que norteiem o modo de vida das pessoas. Elas vivem de acordo com seus próprios valores; afinal, pensam elas, o que importa é ser feliz”. A ideologia de gênero encontrou um solo fértil, cultivado pela filosofia pós-moderna. Tal contexto, junto ao espírito militante de seus defensores, favorece a difusão desse pensamento satânico, desafiando as famílias.
2) A GÊNESE DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
A ideologia de gênero é um conjunto de concepções filosóficas relativas às figuras da mulher e do homem. Ela afirma que o indivíduo nasce pessoa e, mediante as agências socializadoras (escola, família, Estado, etc.), aprende a tornar-se homem ou mulher. Trata-se de uma das mais perigosas teorias já desenvolvidas na história da civilização, pois, sendo obrigatória, destruiria o tecido social, por atingir o núcleo basilar: a família. Esta estratégia utiliza uma arma poderosa (a ideia), para estabelecer um novo paradigma comportamental.
2.1) A família patriarcal na concepção marxista – Friedrich Engels, um dos principais teóricos do socialismo, afirmava que, nos primórdios, não havia propriedade privada, os homens viviam em hordas e casavam-se entre si. Mas, evoluindo o homem, para acumular propriedade e mantê-la privada, estabeleceu o casamento monogâmico. Em outras palavras, para o marxismo, o casamento monogâmico seria uma forma de opressão exercida pelo homem sobre a mulher. Seguindo essa matriz analítica, a mulher seria pior que uma cortesã, pois estaria obrigada a vender seu corpo a um único homem, uma única vez, estando escravizada para sempre. Karl Marx acreditava que a única maneira de transformar a dura realidade social seria tornando os meios de produção em bem comum.
2.2) A revolução sexual e a emancipação feminina – Nesta visão, as representantes do movimento feminista apregoam que a mulher deve libertar-se do humilhante papel feminino imposto pelos homens. Para que a emancipação feminina pudesse ocorrer, Kate Millet ensinou que seria necessária uma revolução sexual, isto é, seria preciso desconstruir toda cultura hegemônica judaico-cristã com seus valores. Assim, todas as formas de práticas sexuais seriam aceitas e respeitadas, a sociedade patriarcal seria destruída e a mulher não dependeria do homem. Por interesses comuns, a ideologia de gênero misturou-se às causas do movimento feminista. Na IV Conferência Mundial sobre a Mulher, em 1995, na China, a palavra gênero passou a fazer parte de documentos oficiais. Nesta Conferência, os países signatários da ONU assumiram o compromisso de incorporar a perspectiva de gênero em toda escola, empresa, família, programa público e privado em todos os níveis.
Aplicação Prática: Que possamos sempre viver as verdades de Deus como regras da nossa vida sem permitir interferências da modernidade em nossos conceitos.
CONCLUSÃO
A igreja opõe-se de forma veemente ao espírito pós-moderno, contrários a inegociáveis princípios cristãos. Somos favoráveis, sim, ao direito das mulheres e à equidade em todos os aspectos, pois sabemos que é absolutamente possível comprometer-se com a igualdade entre os sexos sem negar suas diferenças e a importância da família. Que Deus nos abençoe.
Fonte: Rev. Família Cheia da Graça – Pr. Cláudio Duarte
Correção Gramatical: Samuel Maciel
Coordenação e Revisão Geral: Pr. Donizétti Maciel
Estudo de Célula de Maio de 2021
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